A vitalidade dessas pessoas que não se aprisionam no lugar do sofrimento e da vitimização são eloquentes para quem não pôde conhecê-las pessoalmente.
Morar em Liberdade trata do lado luminoso da história recente de conquistas da própria existência na cidade, direito à voz e a usar seu próprio nome, exigindo-se visível.
Morar em
Liberdade

Retratos da Reforma Psiquiátrica Brasileira

Melhores Momentos

Margarida, João, Adelino, Nilta, Marlene, Maria, Elza, Ana e muitos outros que passaram a assinar com nome e sobrenome – Altair Pinheiro, Igor Alves, Weliton Maia, Ana Venâncio, Rui Pereira da Silva – rasgaram a pesada cortina dos aprisionamentos dos hospícios. Ao se apresentarem publicamente, questionam de uma vez por todas a invisibilidade que a sociedade lhes impôs, ousam criar e declarar seus desejos. Expressões de quem conquista o mundo da rua e provoca mudanças sociais, convidando a repensar a diversidade.
As falas diretas brotadas das experiências e sínteses sobre a vida que cada um entregava frente às câmeras e microfones – lições intensas sobre felicidade, amor e certezas bem-humoradas — alertavam: “tô maluco, mas tô em obras”.
Foi com eles e por eles que essa grande obra aberta reuniu os coletivos de artistas — fotógrafos, videomakers, bordadeiras da democracia e justiça social —, pesquisadores, historiadores, psicólogos e outros profissionais da Saúde Pública, poetas, curadoria, colagista e designer. Revelavam-se, em cada diálogo, outras gramáticas, poéticas da vida e infinitas recriações dos jeitos diferenciados de quem exige espaços singulares nas cidades para Morar em Liberdade. O que temos a honra de apresentar agora são alguns dos melhores momentos de uma história que começou a ser construída no Encontro de Bauru (2017) e se estendeu até hoje (2024).
“Os sonhos falam em nós o que nenhuma palavra sabe dizer.” Mia Couto

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Retratos da Alma
Com fotografias que falam ao coração sobre o viver em liberdade apresentamos cenas cotidianas de quem experimenta a vida após longas internações psiquiátricas e privações do direito de ir e vir.
Cenas reveladoras sobre as escolhas, direções, desejos e possibilidades construídas no cuidado em liberdade e na contratualidade social que valorizam a autonomia. Integradas às imagens, um pouco das histórias que escutamos e das vozes diretas dessas pessoas. Veja mais aqui.

Websérie
A websérie “Retratos da Reforma Psiquiátrica Brasileira” apresenta, em 5 episódios, histórias reveladoras da humanidade que a Reforma Psiquiátrica apostou e construiu no Brasil. Através de testemunhos e histórias de vida dos usuários egressos de longas internações e trabalhadores, a série documenta a vida cotidiana atual de quem vive a experiência da desinstitucionalização em cidades do sudeste brasileiro.Veja mais aqui.

Linha Vital
O ato-oficina “Linha Vital: Saúde Mental e SUS” (2019) reuniu as bordadeiras dos Coletivos Linhas de Sampa, Linhas do Horizonte e Linhas do Rio que receberam os visitantes para bordar política com a “agulha do real” pela Saúde Mental, pelo Sistema Único de Saúde – SUS e pelos movimentos antimanicomiais. Desde então, parte dessa arte têxtil foi integrada nas Instalações do Morar em Liberdade como memórias de resistência. Veja mais aqui.

Vidas Animadas
Vidas Animadas apresenta imagens “trans” vistas pelo olhar artístico que reuniu memórias dos encontros afetivos com os usuários da Saúde Mental. Das cenas registradas em fotografias, vídeos e pequenos textos biográficos dos nossos bancos de pesquisa qualitativa, desdobraram-se diálogos que promoveram uma síntese original das vidas singulares que encontramos entre 2018 e 2024.
Desses fragmentos da vida concreta surgiram narrativas bonitas do viver em liberdade. Como em toda colagem, figuras justapostas, liberadas de seus contextos anteriores, surgem em nova significação, ao mesmo tempo que são cercadas pelos marcos de pertencimento que resistiram ao tempo. Veja mais aqui.

Recortes Históricos
Visita guiada com ilustrações que contrastam temporalidades históricas do jeito que a sociedade brasileira se relaciona com “os ditos loucos” e convidam para reflexão sobre o processo de construção social da garantia de direitos.
Resultado da dimensão da pesquisa histórica do Projeto Memórias da Saúde Mental, o material iconográfico traz peças-chave das denúncias nacionais que mostram a face sombria do terror do antigo paradigma asilar que segregava as pessoas com sofrimento psíquico em nome da ciência e cenas luminosas da consolidação do cuidado de base territorial brasileiro. Exemplos da resistência e denúncia pela comunicação pública. Exemplos de resistência e construção cotidiana da saúde pública que cuida em liberdade. Veja mais aqui.
Um convite para visitar e conhecer um ato de resistência que reúne ciência e arte em uma obra aberta que resgata histórias de vida do cuidado humanizado da Saúde Mental. Aqui você encontra a vida cotidiana dos egressos de longas internações psiquiátricas e documentação formada por “retratos de época” da história contemporânea.
Salas


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