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Websérie

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A websérie "Retratos da Reforma Psiquiátrica Brasileira" apresenta histórias reveladoras da humanidade que a Reforma Psiquiátrica apostou e construiu no Brasil. Através de testemunhos e histórias de vida dos usuários egressos de longas internações e trabalhadores, a série documenta a vida cotidiana atual de quem vive a experiência da desinstitucionalização em cidades do sudeste brasileiro. 

 

São histórias breves do tempo presente que ambicionam inspirar novos atos de inclusão social e cuidado em liberdade. Revelam que ao ultrapassar estigmas e preconceitos, lançamos luz na potência da vida que sobreviveu a um sem número de violações e persiste na construção da dignidade. São processos consolidados por meio da garantia de direitos das Políticas Públicas da Saúde Mental e da Rede de Atenção Psicossocial brasileira que precisam ser disseminados pelo país.

 

Com versões em português, inglês e italiano, os episódios estão disponíveis em todos os canais de comunicação do projeto e acervos de Ciência Aberta da Fiocruz e convidam a refletir sobre o lugar da loucura na sociedade e a importância de superação dos preconceitos. 

Todas as manhãs junto ao nascente dia
ouço a minha voz-banzo,
âncora dos navios de nossa memória.
E acredito, acredito sim
que os nossos sonhos protegidos
pelos lençóis da noite
ao se abrirem um a um
no varal de um novo tempo
escorrem as nossas lágrimas
fertilizando toda a terra
onde negras sementes resistem
reamanhecendo esperanças em nós. 

Conceição Evaristo 

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“Quero seguir adiante. Vou vivendo e vou ficando alegre.”

Antônio Gonçalves

Retratos da Reforma Psiquiátrica Brasileira

Episódio 1 - Websérie

“Descortino os silêncios da minha alma, faço sangrar a minha angústia, revelo todos os segredos da minha realidade interior e exterior, os despojos da criatura humana, subverto todo o lugar comum, não aceito e não vivo uma vida de incapacidade e passividade (...) caminho num labirinto mental de emoções inatingíveis, transgrido com voracidade o estigma da loucura, ultrajo a morbidez do silêncio, não me calo diante da hipocrisia.".

Altair Pinheiro

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Retratos da Reforma Psiquiátrica Brasileira

Episódio 2 - Websérie

“Suas lágrimas são pérolas, não deixam sua face úmida porque a vida é um teatro de desilusões. Somos apenas atores que se multiplicam em vários personagens, alegres palhaços angustiados à espera de aplausos que nunca chegarão. Olhamos no espelho nossa face oculta, deixamos de olhar verdadeiramente o nosso interior, eu. E continuamos a encenar personagens para podermos viver esse teatro inumano, personificando, caracterizando o que não somos – atores e atrizes do caos humano.”

Altair Pinheiro

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Retratos da Reforma Psiquiátrica Brasileira

Episódio 3 - Websérie

“Não sou cego, não sou mudo. Sou Antônio Conselheiro. Sou fato, sou canudo. Sou cangaço, sou Virgulino. Sou sertão nordestino. Sou parabelo na mão. Sou cangaceiro, sou Lampião. Sou Gangazumba, sou Zumbi dos Palmares. Sou Quilombo, sou uma nação. Sou Marielle, sou Rubens Paiva. Sou Vladimir Herzog. Sou Lamarca, sou Marighella. Sou Faixa de Gaza, sou Linha Vermelha, sou Linha Amarela. Sou morro, sou favela...”

Altair Pinheiro

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Retratos da Reforma Psiquiátrica Brasileira

Episódio 4 - Websérie

"Entrei como técnica de enfermagem (...) receosa, assustada, olhando a quantidade de pessoas internas... A única mulher para trabalhar no Pavilhão São Carlos (...). Mas, no decorrer desse processo, eu me lembro de todo o período de trabalho, o momento que foi mais intenso, (...) mais marcante pra mim foi em 2004, quando chega o processo da intervenção."

Oliésia Esteves da Silva

Nos relatos das três trabalhadoras de base da Saúde Mental, lembramos que a Reforma acontece no mundo real pelo empenho das pessoas reais, envolvidas, desejosas de dias melhores. Oliésia, de Paracambi; Rosane, de Juiz de Fora; e Leandra, de Barbacena, mostram consonâncias em muitas dificuldades, mas também em transformações, crescimentos e inspirações.

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Retratos da Reforma Psiquiátrica Brasileira

Episódio 5 - Websérie

O chão da vida do hospital psiquiátrico e a ousadia de reinventar suas histórias pessoais em prol de nova existência foi o que uniu Oliésia e Shirley. Uma relação construída por décadas nos territórios de Saúde Mental de Paracambi (RJ). Ambas têm seus caminhos entrelaçados e se identificam dentro de suas diferenças: as duas são mulheres negras, nascidas no mesmo ano (1967) e pertencentes aos territórios periféricos do Rio de Janeiro. 

 

Além do trabalho prescrito da técnica de enfermagem que se tornou psicóloga, há uma relação entre duas pessoas que se reconstroem. Elas nos mostram que é na confiança e reciprocidade da escuta atenta que os caminhos singulares do cuidado em liberdade ficam sólidos. 

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